segunda-feira, 17 de maio de 2010

hoje chorei

Hoje chorei. Não te culpo. Eu te odiei. Não me culpes.
Assim acaba tudo... com aquela indireta que quebra minha alma em mil pedaços. A traves de terceiros que sei que cuidam de você. Seja como for, abri meus olhos e perante tanto desespero do desgarro das minhas entranhas, daquela dor que aos poucos mata.
Percebendo como tudo se perde, como tudo já se perdeu. Não vai embora porque nunca veio. Cansada. Você me falava da mitologia, do teatro e do Parthenon. Eu vou embora. Lembro daquela frase do estilo “com minha vida faço o que eu quero”. E você vai. Vai para não voltar, sem ter vindo, sem chegar, sem ir, voltando sem indo, sem nada, matando! Voando...
E sorrio, porque continuo cumprindo minha parte do trato, brigando com meu próprio pranto ante diante da injustiça de ver que eu dei tudo para você...
Tremendo de impotência que me vence dia a dia. Tremo. Tremo por medo. Impotência e medo. Desespero. E nao te culpo.
Ainda tenho que te agradecer por ser, por estar quando você esteve, como você já me falou “por viver o que vivemos”. Vivemos algo. O que vive, morre, e acho que o nosso caso, não é uma exceção.
Só me resta acreditar na reencarnação de algo que não late mas segue. De alguma forma ou outra segue.
E paro. E penso. E choro. E paro. E você continua sem falar nada. E me torturo. E olho as fotos. E tento escrever. E apago. E duvido, duvido, duvido...
Em Roma, cidade de Deuses e mitologias varias. Historias de amor e desamor. Romeu e Julieta por perto.
Um nó. Sem direito nenhum aparece a saudade. Acabar com o que nunca começou.
Uma vez, com você bem perto dos meus lábios, me perguntei: “o que é a vida?”. E agora, depois de tudo, só peço a Deus que me ajude a tirar você da minha...
Tentando absorver conhecimentos novos. Alguns mais absurdos que outros, mas é engraçado ouvir minha mãe dizer que o saber não ocupa espaço. Por absurdo que seja, se sabe.
Absurdo. Tudo absurdo. Parar e pensar. Sim. Absurdo. Realmente absurdo. Sem direito nenhum exijo respostas. Saber os porque de todo e de nada. E tremendo. Tudo isso tremendo.
Sua ignorância mata. Sua prepotência.
Numa guerra onde ninguém ganha nem perde. Eu sou uma vencedora vencida. Parabéns. Todo o mérito é meu. Me coroar rainha. E você ser aquele príncipe que quis imaginar entre lençóis. Beirando a perfeição da tua pureza. Ao estilo de Da Vinci. Te olhar de qualquer angulo e ver ante meus olhos, que tal vez para mim, você está perto do perfeito, do divino...
Cansada, muito cansada.
Derrotada.
E, depois de tudo, depois de não sentir mais o sabor dos seus lábios, só me resta perguntar a quem saiba me responder, que me resta nesta vida?

Um comentário:

  1. resta viver...
    e repetir a dose: rir e sofrer, se torturar e ganhar...
    bola pra frente, que os mortos não morreram, vivem no pensamento, no que se sente, nas palavras...
    resta você recuperar a força que sentia para se expressar...
    se expressar é tudo, o resto é nada

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